O teólogo Karl Barth ilustra, com
a história de alguns soldados japoneses que foram encontrados muitos anos
depois da vitória dos Aliados sobre o Japão na Segunda Guerra Mundial, quão
difícil é aceitar as boas novas da salvação. Separados de seu regimento durante
a invasão das forças aliadas, eles se esconderam na selva. Pensando que ainda
estavam em guerra, eles abriam fogo contra qualquer um que se aproximasse do
seu esconderijo. Por vários anos eles viveram temendo seus inimigos e sofrendo
de solidão por causa da separação de seus parentes. Atentos apenas às suas
necessidades primárias, eles ignoravam os eventos mundiais.
Quando foram finalmente
encontrados e informados de que a guerra acabara, eles se recusaram a acreditar.
Eles suspeitavam que aquilo fosse um truque para conseguir sua rendição. Eles
não deixariam seu esconderijo para ir para a prisão! A notícia que poderia ter
aliviado suas tensões, a notícia de que eles não precisavam temer e que
poderiam voltar para suas casas para encontrar seus parentes sob completa
anistia, era boa demais para ser verdade. Quase impossível de acreditar.
Os soldados não fizeram nada para
obter perdão. Eles não apresentaram pedidos formais. No entanto, vários anos
antes o conflito havia terminado. Em certo sentido, embora não soubessem,
estavam em posição de serem aceitos. Tudo o que precisavam fazer era sair da
selva, aceitar a oferta de anistia e voltar para seu lar e sua família.
Assim acontece conosco em relação a Deus. Há dois mil anos um mensageiro foi-nos enviado, o próprio Filho de Deus, para pagar o preço que poria fim à separação entre o homem e seu Criador.
Assim foi feito, como dizem as escrituras:
“Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho
Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.” –
João 3.16
“Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados,
e eu darei descanso a vocês. Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim,
pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas
almas. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” – Mateus 8.28-30
“Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer
em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo.” – Romanos
10:9
“Eu asseguro: Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me
enviou tem a vida eterna e não será condenado, mas já passou da morte para a
vida.” – João 5:24
“Então levou-os para fora e perguntou: "Senhores, que
devo fazer para ser salvo?" Eles responderam: "Creia no Senhor Jesus,
e serão salvos, você e os de sua casa.” – Atos dos Apóstolos 16:30-31
“Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isso não
vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie.” – Efésios
2.8-9
Mas tal boa nova – veja que este é o sentido de Evangelho, boa nova – só tem efeito para aqueles que a recebem, que suspendem suas armas e, sem maiores esforços que apenas crer, entregam-se a este salvador amoroso, Jesus, cuja mão estendida não recusa a ninguém: "Aqueles que vierem a mim, de maneira nenhuma os lançarei fora" (João 6.37).
Receba hoje esta carta de armistício, esta salvaguarda oferecida pelo sangue daquele que se sacrificou para por fim ao abismo que havia entre nós, pecadores, e o Deus santo.
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