A XÍCARA DE CAFÉ
No meio do salão lotado de
uma cafeteria, um executivo apressado segue avançando com sua xícara de café,
absorto com o telefone celular no ouvido.
Vindo na direção
contrária, uma adolescente, segurando uma bandeja com seu milkshake e sanduíche,
de repente esbarra no homem de negócios, fazendo seu café derramar-se por todos
os lados.
– Ei! Precisa olhar por
onde anda, mocinha! Por que entornou o meu café?
Assustada, a menina
gaguejou:
– Po-po-porque alguém me
empurrou?!
– Resposta errada, disse
inesperadamente o homem. – Você entornou o café porque era isso que tinha na xícara.
Se fosse chá... Você teria derramado chá.
Em seguida o homem sorriu,
e havia perdão naquele sorriso, ou um reconhecimento que dizia algo como “fique
tranquila, a culpa foi mais minha do que sua”.
A história, corriqueira e
possível de acontecer em qualquer cozinha, cafeteria ou praça de alimentação de
shopping centers, guarda na verdade uma profunda lição em suas entrelinhas: Você
vai derramar o que tiver em sua xícara.
A mesma coisa acontece
quando os movimentos da vida “balançam” você.
O que quer que tenha
dentro de você é o que será derramado, pois aquilo de que você está cheio é o
que vai sair e salpicar tudo ou todos aos seu redor.
Você pode passar a vida
fingindo que sua xícara está cheia de virtudes perfumadas... Mas, quando a vida
te empurrar, você vai derramar o que realmente tem dentro de si.
Eventualmente a verdade
vem à tona, e então você terá que se perguntar: o que está na minha xícara?
Quando a vida te empurrar,
o que você irá derramar? Amor, alegria, paz, humildade, paciência... ou
amargura, maldições, pensamentos ruins, medos, palavras duras, violência?
Trabalhe para encher sua xícara
com gratidão, generosidade, amor, fé, domínio próprio, coisas boas.
Na Bíblia, Jesus assevera:
“A boca fala do que o coração está cheio” (Mateus 12.34).
Mais adiante, o apóstolo
Paulo, escrevendo sua carta à igreja da Galácia (Carta aos Gálatas), estabelece
uma espécie de listagem, não exaustiva, de erros e pecados, tais como “adultério,
fornicação, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias,
emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices,
glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como
já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus”
(Gálatas 5.20,21). Tais são os frutos podres, venenosos, que enchem a xícara
daqueles distanciados de Jesus. Mas logo ele apresenta outros frutos, que no conjunto
podem ser chamados de frutos ou o fruto do Espírito: “amor, gozo, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança” (Gálatas
5.22). Tais frutos são gerados, nutridos e por fim maturados na vida daqueles
que, recebendo a Cristo Jesus como seu Senhor e Salvador, são alvo da ação do
Espírito Santo, que opera em cada cristão para a santificação e instrução de
sua vida e caminhada. Quanto mais espaço você der ao Espírito, mais bons frutos
terá para encher a sua existência, a sua xícara, e derramar sobre todos
ao seu redor.
Deixe Jesus encher a sua
xícara.
S.R. (adaptado a partir de texto anônimo)
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