segunda-feira, 30 de agosto de 2010

POR QUE OS HOMENS NEGAM A EXISTÊNCIA DE DEUS

 Via Imagens Cristãs no Flickr

Milhões de pessoas não estão interessadas em saber se Deus existe ou não, e jamais preocupam-se em discutir o assunto. Em um mundo que exalta a aquisição de bens materiais, supervaloriza a busca do prazer e a glória de si mesmo, vem-se tornando cada vez mais fácil muitos se esquecerem de Deus, ou viverem como se ele não existisse. Porém, o fato é que a negação da existência de Deus põe em total desordem a vida. "A fé é mãe de todas as harmonias do mundo, mas os inimigos da fé são os pais de todas as confusões", disse o escritor inglês Gilbert Keith Chesterton (1874-1936).
Além do mais, ninguém está no Universo tão solitário quanto o ateu. "Ele chora com o coração órfão por ter perdido o Sublime Pai, junto ao imenso cadáver da Natureza, vegetando sempre no interior desse enorme túmulo. Ele chora até separar-se desse 'cadáver', pela sua própria dissolução. Todo o Universo jaz diante dele como uma esfinge egípcia de pedra, assentada na areia, com a máscara férrea e fria da eternidade informe", escreveu um teólogo moderno.


A SOBERBA CONDUZ AO ATEÍSMO
Tem-se observado que, na maioria dos casos, ateus realmente sinceros no mais profundo de suas consciências, convencidos plenamente de seu ateísmo, dificilmente alguém os poderá encontrar. O que existe são homens soberbos, com ares de superioridade, os lábios cheios de ironia, vaidosos de seus conhecimentos, de suas riquezas materiais, ou de suas queixas e ironias. Crer na existência de Deus para eles significa dar uma demonstração pública de fraqueza, de dependência. O ateísmo se apresenta hoje como um movimento humanista radical. Muitos estão vendo Deus como um obstáculo ao progresso humano, e procuram afastar esse "obstáculo" do caminho da humanidade. Satanás os tem levado a pensar que, para eles justificarem suas próprias existências, e imprimirem valor e sentido à vida, têm de negar a Deus.
"Um ser qualquer não é independente a seus próprios olhos, senão quando ele se basta a si mesmo, e ele não se basta a si mesmo se deve sua existência a outrem, fora de si", escreveu soberbamente o filósofo Karl Marx. Muitos ateus modernos acusam o cristianismo de haver minimizado o homem, submetendo-o a Deus. O filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900) chegou a afirmar que "provavelmente o homem irá se elevando cada vez mais alto a partir do momento em que deixar de se embalar em Deus."

NIETZSCHE E A MORTE DE DEUS
Foi Nietzsche quem, no auge da soberba e da blasfêmia, no seu livro Assim Falou Zaratustra, colocou nos lábios de Zaratustra a seguinte afirmação: "O vosso Deus jorrou sangue sobre o meu punhal... Deus está morto; agora nós queremos que o Super-homem viva." Em outro de seus livros, A Gaia Ciência, Nietzsche colocou na boca de um louco as seguintes palavras, consideradas marco inicial da chamada 'Teologia da morte de Deus':
"Nós o matamos, vocês e eu! Somos os assassinos de Deus! E como foi que fizemos isso? Como pudemos beber todo esse mar? Quem nos deu a esponja para apagar todo o horizonte? (...) Não estaremos perdidos dentro do vazio infinito que faz a sua respiração chegar até nós? Por acaso não está mais frio agora? Não são as noites cada vez mais escuras? Não temos necessidade de acender de manhã nossos lampiões? Por acaso não ouvimos o barulho que os coveiros fazem ao sepultar Deus? (...) Deus morreu! Deus está morto! Fomos nós que o matamos! Assassinos mortais que somos, como nos poderemos consolar? Com a nossa faca ferimos o que houve de mais sagrado e poderoso no mundo. Quem nos limpará desse sangue? Em que água nos lavaremos? (...) Ao ser expulso dos templos, o louco dizia: Para que servem agora estas igrejas, senão para serem o túmulo, o mausoléu de Deus?... (Friedrich Nietzsche, A Gaia Ciência. Tradução de Mário Pugliese e outros. São Paulo, Hemus, 1976, p. 227.)
Tendo escrito também o livro O Anticristo, sabe-se que Nietzsche passou os últimos dez anos de sua vida sob o peso de imensos remorsos, sofrendo constantes crises de desespero. A inteligência que tanto blasfemara contra Deus mergulhou nas trevas da loucura. Nietzsche morreu louco. Sim, pois Deus "olha para todo soberbo e humilha-o, e esmaga os ímpios no seu lugar" (Jó 40.12). "Porque o dia do Senhor dos Exércitos será contra todo soberbo e altivo, e contra todo o que se exalta, para que seja abatido" (Isaías 2.12).

O HOMEM QUER SER SUPERIOR A DEUS
O mesmo sentimento de soberba responsável pela queda de Lúcifer diante de Deus é o que tem impulsionado a maioria dos indivíduos que se confessam ateus. Outro filósofo alemão, Dietrich Kerler, escrevendo a seu amigo Max Schueler (1874-1928), afirmou: "Mesmo que se pudesse demonstrar matematicamente que Deus existe, não quero que exista porque me limitaria na minha grandeza." É o pecado da soberba, da auto-suficiência, do orgulho satânico com o qual o Inimigo da humanidade continua a perverter os seres humanos. "Se houvesse um Deus, seria o homem aniquilado, como essência ética, e como pessoa", dizem hoje indivíduos com a mentalidade ateística como a de Nicolau Hartman (1882-1950).
A irreverência e a rebeldia têm brotado no coração de milhões de seres humanos, levando-os a tentar "expulsar" Deus do meio da humanidade e do universo. São os ateus militantes, coisa inédita na história humana. Essas pessoas não só professam o ateísmo, mas promovem também o antiteísmo, ensinado hoje tecnicamente em universidades especializadas. Deus, além de negado, está sendo combatido. E o resultado de tudo isso é a atual crise universal, a mais espantosa de todas elas. Quando seres humanos resolvem desconhecer a Deus, passam a viver fora da obediência às suas leis. E, como consequência, as colunas que sustentam a vida desabam, e passam a prevalecer então a anarquia, a violência, a devassidão e o egoísmo.
Soberbos como o político italiano León Gambetta chegam a dizer: "O nosso mundo entende depender somente do direito humano, e quer chegar à emancipação e glorificação da pessoa humana." Em plena Câmara Francesa, em Paris, o político francês Jaurês afirmou: "Se o próprio Deus se levantasse diante da multidão em forma palpável, o primeiro dever do homem seria de lhe recusar obediência." Escrevendo ao poeta Paul Claudel, outro escritor francês apresentou mais uma prova de que o verdadeiro responsável pelo movimento mundial de negação da existência de Deus é o mais antigo de todos os soberbos, Satanás: "Há incompatibilidade entre mim e Deus, porque sou um orgulhoso."

NÃO SE ESFORÇARAM NA BUSCA DA VERDADE
Todavia, o filósofo inglês Francis Bacon afirmou que o ateísmo está, na maioria dos casos, mais na boca do que no coração daqueles que se dizem ateus. Algumas vezes, o que leva mesmo muitos estudiosos a assumirem uma posição de desconhecimento da existência de Deus é o fato de, não avançando nos seus estudos e pesquisas como deveriam, e achando que já atingiram o mais alto grau de conhecimento que poderiam alcançar, eles se ensoberbecem nos seus "esforços" para encontrar a verdade, sem saber que ficaram muito aquém do verdadeiro caminho que os conduziria a ela, e que ela mesma é Jesus Cristo.
Outros têm suas almas paralisadas e incapazes de se erguerem às alturas da fé, por serem indiferentes quanto ao que diz respeito a Deus e à salvação. A maioria dos incrédulos nunca se interessou sinceramente pelos "assuntos do Alto", e é nessa ignorância proposital que eles tentam encontrar defesa para sua incredulidade. "Que é a verdade?" perguntam muitos deles desdenhosamente, com aparência de quem tem sondado e meditado tudo. E à semelhança de Pôncio Pilatos, retiram-se sem esperar pela resposta. Tornam-se indiferentes à mensagem cristã, esforçando-se para dar a impressão que essa atitude é fruto de profundas investigações, e "esforçadas" buscas frustradas, o que não é verdade.
Tais pessoas, conforme já as descreveu o teólogo e filósofo francês Blaise Pascal, após empregarem algumas horas na leitura de algum livro da Bíblia, ou terem conversado com algum evangélico, alegam depois que fizeram os "maiores esforços" para superarem as dificuldades que (segundo afirmam) existem na estrada que as conduziria à fé e à salvação. Depois disso, saem dizendo por aí que em vão procuraram em todos os livros e junto aos homens, mas não conseguiram encontrar qualquer fundamento ou caminho que os conduzisse à fé. Tal atitude é fruto da mentira e da soberba.
Não é de admirar que o indiferentismo desses Pilatos de hoje tenha sido o primeiro inimigo que o cristianismo encontrou ao iniciar sua marcha triunfal pelo mundo. Para muitos seria até vergonhoso prestar atenção no conteúdo da mensagem evangélica. Tal foi a atitude dos filósofos gregos que responderam a Paulo com indiferença no Areópago: "... A respeito disso te ouviremos noutra ocasião" (Atos 17.32), e do governador romano Festo, que zombou do apóstolo, dizendo-lhe que as muitas letras o faziam delirar: "A esta altura, Festo interrompeu a defesa de Paulo, clamando: Estás louco, Paulo! As muitas letras te fazem delirar" (Atos 26.24). Diante desse indiferentismo — um mal que cresce hoje cada vez mais —, o advogado romano convertido ao cristianismo no início do século III, Tertuliano, dizia: "Nós só pedimos uma coisa: que não nos condenem sem antes nos ouvir."


A INDIFERENÇA CONDUZ AO ATEÍSMO
O escritor francês Lamennais (1782-1854), no seu livro Ensaio Sobre a Indiferença, descreveu com certa ironia os homens que se acham muito superiores em seus estudos, a ponto de lhes ser indiferente o fato de Deus existir ou não:
Passam a sua vida comparando palavras, investigando as relações dos números e as propriedades da matéria; para satisfazer esses 'grandes espíritos', nada mais se torna necessário. Que dizes tu a esse sábio acerca de Deus, cujo nome enche a terra? Não vês como ele está preocupado na descoberta de um ácido que a análise química ainda não tinha encontrado? Espera até que ele haja terminado a sua descoberta; talvez depois lhe possas dizer alguma palavra a respeito dAquele que criou o ácido! Outro trabalha numa poesia, numa obra filosófica, ou num romance, que fará a sua glória. Pára; não o interrompas porque ele tem pressa, a morte avizinha-se, e que perda irreparável seria para a humanidade se ele não pudesse concluir a sua obra! É verdade que ignora que Deus é quem lhe dá inspiração. Ignora a posição que ocupa, nem sabe o que deve esperar ou temer, se existe Deus, se há uma religião verdadeira, se existe céu ou inferno; ignora tudo isto, e suas ações são como se tudo fosse apenas um sonho!"
Pode-se dizer que tais homens estão mortos. Cheios de orgulho, contemplam-se do alto dos seus conhecimentos, fixam-se friamente no seu egoísmo, preferindo viver sob o pálido clarão da sua curta inteligência, rejeitando a brilhante luz da Palavra de Deus, onde encontrariam a Verdade, cujo verdadeiro nome é Jesus Cristo.

Jefferson Magno Costa
http://jeffersonmagnocosta.blogspot.com

sábado, 21 de agosto de 2010

Destino Final - Um livro gratuito para download


O Ministério Chamada disponibilizou um excelente livro para download gratuito: Desafio Final, escrito por William MacDonald.

 Leia um trecho do livro:


Cedo ou tarde, toda pessoa que raciocina ficará curiosa em saber para onde irá depois da morte e onde passará a eternidade. Tome alguns minutos para ler estas páginas, e você encontrará as respostas a essas perguntas.
Ao buscar respostas para as questões mais importantes da vida, precisamos consultar uma autoridade no assunto. A escolha se reduz a duas possibilidades: a opinião humana ou a Palavra Deus. É o que as pessoas supõem ou o que Deus diz.
Em questões de vida ou morte a autoridade precisa ser infalível. Não pode haver margem de erro. A opinião humana certamente não está qualificada para nos dar as respostas. Assim como os rostos das pessoas são tão diferentes, assim também as suas opiniões.

Para baixar o livro pelo Google Drive, CLIQUE AQUI.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Os "prazeres da vida"



Conforme estimativas da Central Alemã de Combate às Dependências, existem 9,3 milhões de dependentes do álcool na Alemanha. Outras cinco a seis milhões de pessoas sofrem com o vício de algum membro de sua família. Os custos das terapias para alcoólatras chegam a 1,7 bilhões de marcos por ano (Idea Spektrum 5/2000).
A Bíblia fala de Noé, que plantou a primeira vinha: "Bebendo do vinho, embriagou-se e se pôs nu dentro de sua tenda" (Gn 9.21). Uma das duas filhas de Ló, que haviam sido salvas de Sodoma e Gomorra juntamente com seu pai, sugeriu à irmã: "Vem, façamo-lo beber vinho, deitemo-nos com ele e conservemos a descendência de nosso pai" (Gn 19.32). Provavelmente o consumo excessivo de álcool também foi o que levou os filhos de Arão a oferecer fogo estranho ao Senhor, o que causou sua morte. A Bíblia diz sobre esse acontecimento: "Nadabe e Abiú, filhos de Arão, tomaram cada um o seu incensário, e puseram neles fogo, e sobre este, incenso, e trouxeram fogo estranho perante a face do Senhor, o que lhes não ordenara. Então, saiu fogo de diante do Senhor e os consumiu; e morreram perante o Senhor... Falou também o Senhor a Arão, dizendo: Vinho ou bebida forte tu e teus filhos não bebereis quando entrardes na tenda da congregação, para que não morrais; estatuto perpétuo será isso entre as vossas gerações" (Lv 10.1-2,8-9). O primeiro marido de Abigail era um terrível déspota e beberrão. Lemos o que aconteceu com ele pouco antes de sua morte: "Voltou Abigail a Nabal. Eis que ele fazia em sua casa um banquete, como banquete de rei; o seu coração estava alegre, e ele, já mui embriagado, pelo que não lhe referiu ela coisa alguma, nem pouco nem muito, até ao amanhecer" (1 Sm 25.36).
Oséias 7.5 fala da sedução do álcool: "No dia da festa do nosso rei, os príncipes se tornaram doentes com o excitamento do vinho, e ele deu a mão aos escarnecedores". Coisa semelhante deve ter acontecido com o rei Herodes no dia de seu aniversário. Ele deixou-se seduzir: "Ora, tendo chegado o dia natalício de Herodes, dançou a filha de Herodias diante de todos e agradou a Herodes" (Mt 14.6). Isso levou ao assassinato de João Batista (vv. 7-11).
Oséias 4.11 alerta: "A sensualidade, o vinho e o mosto tiram o entendimento". A Bíblia também diz: "Mais alegria me puseste no coração do que a alegria deles, quando lhes há fartura de cereal e de vinho" (Sl 4.7). Na Edição Corrigida e Revisada lemos: "Puseste alegria no meu coração, mais do que no tempo em que se lhes multiplicaram o trigo e o vinho". E em Lucas 21.34 o Senhor alerta em relação aos tempos do fim: "Acautelai-vos por vós mesmos, para que nunca vos suceda que o vosso coração fique sobrecarregado com as conseqüências da orgia, da embriaguez e das preocupações deste mundo, e para que aquele dia não venha sobre vós repentinamente, como um laço."
Conforme o especialista Dr. Jörg Splett, o vício é uma característica tipicamente humana: há um "desejo de desejar" na busca dos prazeres. As pessoas têm consciência de seus limites, mas não os respeitam. Ao invés disso, vivem dominadas pelo medo de não aproveitar tudo o que a vida pode oferecer. Splett vê na fé cristã uma resposta a esse anseio: "Só podemos aceitar nossa finitude quando estamos certos da existência de um Criador, que planejou a finitude mas cujo amor é sem limites".
Esse amor sem limites foi comprovado por Deus ao enviar Seu Filho a este mundo: "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3.16). Essa vida dada por Jesus satisfaz plenamente todos os anseios, pois Ele disse: "...eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância" (Jo 10.10). Ele também promete a libertação de quaisquer jugos: "Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres" (Jo 8.36).
  (Norbert Lieth - www.ajesus.com.br)

sábado, 7 de agosto de 2010

Perdão é uma perda muito grande

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"Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós;" (Mateus 6.14)

“Perdão”. Palavrinha difícil esta... É incrível como muitas pessoas, não poucas, tem uma dificuldade gigantesca em lidar com este assunto. Não raro, vejo muita gente sendo devorada e corroída por dentro através das feridas inflamadas e purulentas que estão guardadas nas lembranças. Às vezes estas memórias estão escondias atrás de grandes muralhas de rejeição, impaciência, depressão, melancolia, autocomiseração, irritabilidade e algumas vezes transmitem uma falsa sensação de força, mas sempre acabam se revelando na brutalidade com que a dor retorna de vez em quando e a gente tenta esquecê-la sem sucesso.

Cresci ouvindo a sabedoria popular e ela dizia: “quem bate esquece, mas quem apanha não.” Esta é uma verdade que acompanha invariavelmente qualquer ser que tenha consciência de si memo.

A ofensa, o tapa, a humilhação, a traição, o roubo, o abuso, o abandono, a injustiça... Seja qual for o nome que você dê à sua ferida de estimação, por mais que se coloque sobre ela o peso do tempo ou da dureza de levar a vida amargamente, dificilmente ela vai cicatrizar, no máximo vai criar uma leve casca, mas ao menor toque vem à tona a dor novamente carregando consigo todo o potencial doloroso da lembrança de quando a ferida foi aberta.

Alguns vão vivendo como podem, ou melhor, vão morrendo aos poucos como podem. São leprosos de alma, vão levando a vida tomando sobre si armaduras e carapaças como pesadas vestiduras, erguendo seus castelos e fortalezas contra o menor sinal de um novo dano ou machucado. Nem dá para saber se é autodefesa ou autopunição. Muitos vão chorando pelos cantos, sozinhos na escuridão da noite, enxugando suas lágrimas internas e externas como dá, tentando não deixar ninguém perceber a sequidão que é viver assim. É preciso manter as aparências, dizem eles. Outros provocam o mundo com as mesmas dores com que foram afligidos, é quando o traído, por exemplo, tem uma neurótica e compulsiva vontade de trair também para mostrar, inconscientemente ou não, ao mundo que isto dói e muito. Ou quando o humilhado ameniza sua dor humilhando e pisando em qualquer outra criatura que venha ao seu encontro.

A mágoa e o rancor sempre procuram um culpado, disso não se escapa. O problema é que, às vezes, na falta de se encontrar um “bode expiatório”, muitos culpam a si próprios. Com ou sem razão muitos outros, pela falta de coragem para assumir seus erros, vão espalhando suas culpas obsessivas por seus familiares, amigos e inimigos próximos. Nem o próprio Deus, o Criador, escapa do alvo daqueles que querem achar, de qualquer jeito, um culpado para sua tristeza e dor. Estes vão sorteando nomes e culpados para suas feridas como quem distribui as cartas de um baralho numa mesa de Poker.

Faz tempo que muitos desistiram de viver, alguns literalmente, carcomidos por suas dores internas. Já dizia o sábio Shakespeare:“Guardar uma mágoa é como tomar um copo de veneno e torcer para que o seu agressor morra.” Parece irracional, mas o que o famoso escritor inglês descreveu nesta frase é a lógica inversa da cura para toda essa dor que tanta gente carrega e alimenta durante anos a fio. É provado cientificamente que o rancor arquivado pode ser somatizado pelo corpo através de doenças como câncer, gastrite, enxaqueca, cólicas agudas, doenças da pele, distúrbios hormonais, depressão e outras neuropatias sérias.

Etimologicamente perdão é o ato de não imputar a um transgressor a necessidade de pagar pelo erro cometido, ou seja, perdoar é o mesmo que liberar um condenado ou um réu de cumprir uma sentença, é como dizer a um presidiário amarrado na cadeira elétrica: “amigo, levanta daí, não vamos mais ligar a corrente elétrica em você. Você será liberado agora!” Aí está o grande problema encontrado na palavrinha “perdão”: quem perdoa perde muito. O perdão fere nosso senso comum de justiça, principalmente quando os ofendidos somos nós. Quem perdoa, na verdade, assume para si próprio o valor e a dor da punição. Perdoar é como ser ofendido duas vezes, a primeira pelo desafeto recebido, a segunda por abrir mão do justo direito de revidar ou se vingar.

Mas, acredite em mim! Por experiência própria e por ver muitos outros amigos vencendo seus dramas interiores e encontrando denovo o caminho da cura integral. Posso afirmar com a autoridade de quem já experimentou e tem aprendido a experimentar a dádiva de perdoar: existe muito mais benefício em não “cobrar a ofensa” do que alimentá-la dentro de você. Tenho consciência de que não é uma atitude fácil de se tomar, é verdade. Algumas vezes a sensação de náusea, confusão mental e de dor é muito mais forte do que qualquer argumento lógico e racional a favor de liberar ou não o seu perdão.

Não digo isso porque me considero bonzinho, realmente não sou! Tenho meus defeitos como qualquer outra pessoa. O que tenho aprendido até aqui é que, na maioria das vezes, esta capacidade para tomar tal atitude simplesmente não vem de nós. A única força capaz de superar a mágoa e remover toda raiz de amargura é o amor. Ele, o amor, vence todas as coisas, vence até a morte. Não é por acaso que João, o apóstolo, escreve em sua epístola afirmando categoricamente que Deus é amor. Sim, a essência de Deus é o amor.

A única fonte verdadeiramente confiável de amor é Deus, muitos são os textos revelados por toda a Bíblia que expressam este envolvente e imensurável amor de Deus pela sua criação e de forma especial pelo ser humano. Este amor sobrenatural nos ensina a viver e caminhar em direção à cura de nossas feridas emocionais e existenciais.

De forma contundente, o apóstolo Paulo afirma em sua carta aos Romanos, capítulo cinco, verso oito, dizendo: "Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores." Não houve merecimento nosso, não foi o esforço humano que provocou uma reação de perdão de Deus para nós. Foi simplesmente por amor e espontaneamente. A teologia moderna chama isto de solidariedade de Deus em relação ao ser humano, mas a Palavra Revelada chama a isto de Graça. Sem preço, sem barganha, Ele, Deus, fez isto antes que qualquer um de nós pedíssemos ou merecêssemos.

A boa notícia é que em Jesus, Deus ofereceu perdão gratuito a toda humanidade, isto inclui a você e eu. É este mesmo amor que nos convida, igualmente, a perdoar quem nos tem ofendido. O perdão que liberamos hoje retorna como bálsamo, alívio e cura para nossas dores.

Em Jesus, o perdão não é condicional, é mandamento incondicional pois somos perdoados com a mesma medida em que perdoamos. Quando perdoamos nos enchemos mais um pouco de Deus, é como se Deus reconhecesse em nós algo em comum e viesse nos dar um “olá!”.

Então... Quer ser curado? Perdoe! Quer ser liberto? Perdoe! Quer ser realmente feliz? Perdoe!

Talvez você até encontre alguma dificuldade para dar este primeiro passo, mas tenha certeza que o Doce e Santo Espírito de Deus é quem nos auxilia em nossas fraquezas. Ninguém melhor que o Criador para sondar sua mente e espírito nesta hora e saber exatamente do que você precisa. Ele já lhe deu neste dia um coração batendo, isto já é o suficiente para você, como eu, reconhecer que sem Ele nada somos. Acredite! Mesmo no conturbado e obscuro mundo em que vivemos, mesmo diante da morte, da dor, de poderes sobrenaturais da maldade, com a perturbação do passado, do amedrontado presente ou da incerteza do futuro, nada é capaz de nos separar deste gigantesco amor de Deus por nós. Precisamos dele, esta é a mais pura realidade. A única coisa a fazer então é dizer: Deus, me ajude! O resto já é com ele.

O Deus que ensina a perdoar te abençoe rica, poderosa e sobrenaturalmente!


Pr. Pablo Massolar

Leia outros textos do pastor Pablo Massolar
no blog Ovelha Magra (
ovelhamagra.com)
 

segunda-feira, 12 de julho de 2010

ATENCIOSAMENTE, A DROGA


Caro jovem: Quero que você me ouça, antes de me usar. Quero que me conheça e saiba quem sou, o que faço, como me comporto dentro das pessoas, como você irá se sentir, depois do meu contato, da minha ilusão.

Eu não tenho nome certo, nem sobrenome. Sou batizada a toda hora e a todo instante por aqueles que me usam. Não tenho amigos, pois consigo destruir todos aqueles que se aproximam de mim. Quando não faço completamente, eu os deixo sem miolos, sem coração e sem pensamentos.

Os que me tomam como companheira, são aqueles de coração amargurado, abandonados por todos. Aqueles que se sentem sós e que procuram em mim uma fuga ilusória e dolorosa.

Um dos meus contatos preferidos são as veias. Através delas eu consigo mergulhar em seu sangue, que me levará a uma viagem por todo o seu corpo. Passo pelos membros do seu corpo, pelas artérias, pelo seu sistema nervoso deixando aí a minha marca.

Enquanto eu passeio, você vive as ilusões. Através desse rio de sangue, consigo atingir o cérebro e, aí minha marca é mais forte, pois no cérebro vou roubar o pensamento, a memória, a razão. Por fim, descerei até o coração e você saberá quem sou realmente. Aliás, nem haverá tempo para isso, pois já estará morto. Pronto. Já lhe contei minha história. Se quiser minha ajuda, procure-me. Estou pronto para tirar sua paz, sua liberdade e sua vida.

Atenciosamente,
A DROGA.

Márcio Guedes

sábado, 3 de julho de 2010

EM 24 HORAS, 25 PROFECIAS MESSIÂNICAS CUMPRIRAM-SE EM JESUS CRISTO


Do ano 1.000 ao ano 500 a.C., durante cinco séculos, portanto, os profetas do Antigo Testamento falaram sobre vários acontecimentos que ocorreriam na vida do Messias. Tudo o que eles profetizaram em um período tão longo e em uma época tão distante, cumpriu-se em Jesus Cristo, no curto período de 24 horas! Não havia como diversos homens, em um espaço de tempo de 500 anos, muitos deles não tendo conhecido uns aos outros, e vivendo em épocas diferentes, terem combinado e profetizado fatos minuciosos e interligados, e estes fatos, por uma simples casualidade, terem-se cumprido em Jesus Cristo. Não. NÃO HOUVE CASUALIDADE! As profecias cumpriram-se em Jesus Cristo porquê ele é o Salvador, o Messias que havia de vir. Nenhum outro homem na história teve sua vida, morte e – fato inédito – sua ressurreição previstos com tantos anos de antecedência, e com tanta riqueza de detalhes. E o mais assombroso e extraordinário é que ESSAS PROFECIAS SÓ TIVERAM O SEU CUMPRIMENTO EM ÚNICA PESSOA EM TODA A HISTÓRIA DA HUMANIDADE: JESUS CRISTO.


1a. PROFECIA: O MESSIAS SERIA TRAÍDO POR UM AMIGO
Cerca de 1.000 anos antes do nascimento de Jesus Cristo, o salmista Davi escreveu: “Até o meu amigo íntimo, em quem eu confiava, que comia do meu pão, levantou contra mim o calcanhar” (Salmo 41.9). Trata-se de uma profecia que teria o seu comprimento na traição de Judas a Jesus Cristo. No Salmo 55, versículos 12 a 14, o salmista Davi torna a falar sobre essa traição: “Com efeito, não é inimigo que me afronta: se o fosse, eu o suportaria; nem é o que me odeia que se exalta contra mim: pois dele eu me esconderia; mas és tu, homem meu igual, meu companheiro, e meu íntimo amigo. Juntos andávamos, juntos nos entretínhamos, e íamos com a multidão à casa de Deus.” Esse amigo foi Judas, traidor de Jesus.

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
“Falava ele ainda, e eis que chegou Judas, um dos doze, e com ele grande turba com espada e cacetes, vinda da parte dos principais sacerdotes e dos anciãos do povo. Ora, o traidor lhes havia dado este sinal: Aquele a quem eu beijar, é esse prendei-o. E logo, aproximando-se de Jesus, lhe disse: Salve, Mestre! E o beijou. Jesus, porém, lhe disse: Amigo, para que vieste? Nisto, aproximando-se eles, deitaram as mãos em Jesus, e o prenderam.” (Veja também Mateus 10.4; João 13.21).

2a. PROFECIA: O MESSIAS SERIA VENDIDO POR 30 MOEDAS DE PRATA
Tendo iniciado o seu ministério profético 520 anos antes do nascimento de Jesus Cristo, o profeta Zacarias, inspirado pelo Espírito Santo, assim escreveu (Zc 11.12) na parábola do bom pastor (Jesus): “Eu lhes disse: se vos parece bem, dai-me o meu salário; e se não, deixai-o. Pesaram, pois, por meu salário, trinta moedas de prata.”

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
Jesus Cristo foi vendido aos seus inimigos por Judas Iscariotes pelo preço de 30 moedas de prata: “Então um dos doze, chamado Judas Iscariotes, indo ter com os principais sacerdotes, propôs: Que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei? E pagaram-lhe trinta moedas de prata” (Mateus 26.15).

3a. PROFECIA: AS 30 MOEDAS SERIAM LANÇADAS NO TEMPLO
Zacarias também profetizou sobre o que seria feito com esse dinheiro: “...Tomei as trinta moedas de prata e as arrojei ao oleiro na casa do Senhor” (Zacarias 11.13b).

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
Foi o que Judas fez: “Então Judas, atirando para o santuário as moedas de prata, retirou-se e foi enforcar-se” (Mateus 27.5).

4a. PROFECIA: COM AS 30 MOEDAS SERIA COMPRADO O CAMPO DO OLEIRO
Devemos observar que, segundo o profeta Zacarias, as moedas foram “lançadas ao oleiro”. Ora, segundo a concepção judaica, o oleiro era aquele profissional que criava artigos de pouco valor. Jesus Cristo seria vendido por um preço humilhante, e a desprezível quantia seria arrojada na Casa do Senhor, aos pés de um oleiro.

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
O dinheiro pelo qual Judas vendeu Jesus foi empregado em algo que tinha relação com um oleiro. Vejamos o texto bíblico: “E os principais sacerdotes, tomando as moedas disseram: Não é licito deitá-las no cofre das ofertas, porque é preço de sangue. E, tendo deliberado, compraram com elas o campo do oleiro para cemitério de forasteiros” (Mateus 27.6,7).

5a. PROFECIA: O MESSIAS SERIA ABANDONADO POR SEUS DISCÍPULOS
A prisão e morte de Jesus, e sua imediata consequência sobre o estado de ânimo dos discípulos, também foram profetizados por Zacarias (Zacarias 13.7b): “...fere o pastor, e as ovelhas ficarão distantes...”

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
Jesus sabia que seria abandonado: “Então Jesus lhes disse: Esta noite todos vós vos escandalizareis comigo; porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho ficarão dispersas” (Mateus 26.31). Mateus e Marcos registraram o cumprimento dessa profecia. Mateus 26.56: “Tudo isto, porém, aconteceu, para que se cumprissem as Escrituras dos profetas. Então os discípulos todos, deixando-o, fugiram.” Marcos 14.50: “Então, deixando-o, todos fugiram.”

6a. PROFECIA: O MESSIAS SERIA ACUSADO POR FALSAS TESTEMUNHAS
Mil anos antes do nascimento do Messias, Davi escreveu: “Levantam-se iníquas testemunhas, e me argúem de coisas que eu não sei” (Salmo 35.11).

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
“Ora, os principais sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam algum testemunho falso contra Jesus, a fim de o condenarem à morte. E não acharam, apesar de se terem apresentado muitas testemunhas falsas. Mas afinal, compareceram duas, afirmando: Este disse: Posso destruir o santuário de Deus e reedificá-lo em três dias (Mateus 26.59-61).

7a. PROFECIA: O MESSIAS FICARIA MUDO DIANTE DOS SEUS ACUSADORES
Esta profecia demorou mais de 700 anos para se cumprir. Se não tivesse sido inspirado pelo Espírito Santo, como o profeta Isaías poderia ter predito um acontecimento que só se concretizaria mais de 700 anos depois dele o haver profetizado? Isaías 53.7: “Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a sua boca...”

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
"E, sendo acusado pelos principais sacerdotes e pelos anciãos, nada respondeu. Então lhe perguntou Pilatos: “Não ouves quantas acusações te fazem? Jesus não respondeu uma palavra, vindo com isto admirar-se grandemente o governador” (Mateus 27.12-14).

8a. PROFECIA: O MESSIAS SERIA AÇOITADO E FERIDO
Tanto Isaías como Zacarias profetizaram sobre as agressões físicas que o Messias sofreria: “Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Isaías 53.5). “Se alguém lhe disser: Que feridas são essas nos teus braços? Responderá ele: São as feridas com que fui ferido na casa dos meus amigos” (Zacarias 13.6).

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
“Então Pilatos lhes soltou Barrabás; e, após haver açoitado a Jesus, entregou-o para ser crucificado” (Mateus 27.26).

9a. PROFECIA: O MESSIAS SERIA ESBOFETEADO E CUSPIDO
Agora são Isaías e Miquéias os autores dessa profecia: “Ofereci as costas aos que me feriram, e as faces aos que me arrancavam os cabelos; não escondi o meu rosto dos que me afrontavam e me cuspiam” (Isaías 50.6). Ao profetizar sobre o nascimento e rejeição do Rei dos reis, Miquéias escreveu: “Agora ajunta-te em tropas, ó filhas de tropas; por-se-á sítio contra nós: ferirão com a vara e foice ao juiz de Israel” (Miquéias 5.1).

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
“Então uns cuspiam-lhe no rosto e lhe davam murros, e outros o esbofeteavam...” (Mateus 26.67). Veja também Lc 22.63.

10a. PROFECIA: O MESSIAS SERIA ESCARNECIDO
Cerca de mil anos antes desse fato acontecer, o salmista Davi escreveu sobre ele: “Todos os que me veem zombam de mim; afrouxam os lábios e mexem a cabeça: Confiou no Senhor! Livre-o ele, salve-o, pois nele tem prazer” (Salmo 22.7,8).

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
“De igual modo os principais sacerdotes, com os escribas e anciãos, escarnecendo, diziam: salvou os outros, a si mesmo não pode salvar-se. É rei de Israel! Desça da cruz, e creremos nele. Confiou em Deus; pois venha livrá-lo agora, (Mateus 27.41-43. Veja também João 19.2,3).

11a. PROFECIA: SUAS MÃOS E PÉS SERIAM FURADOS
Tanto o salmista Davi como o profeta Zacarias profetizaram sobre este suplício: “...traspassaram-me as mãos e os pés” (Salmo 22.16b). Foi o próprio Senhor Jesus quem falou nesta passagem profética do livro de Zacarias: “E sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o espírito de graça e de súplicas; olharão para mim, a quem traspassaram” (Zacarias 12.10a).

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
A crucificação de Jesus foi executada segundo o costume romano: suas mãos e pés foram pregados no madeiro através de longos e grandes cravos: “Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali o crucificaram...” (Lucas 23.33).
Observe-se que as marcas dos cravos foi a prova que Tomé pediu para crer que Jesus havia realmente ressuscitado (João 20.25-28).

12a. PROFECIA: O MESSIAS SERIA CRUCIFICADO ENTRE MALFEITORES
“...foi contado com os transgressores, contudo, levou sobre si o pecado de muitos...” (Isaías 53.12b).

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
“E foram crucificados com Ele dois ladrões, um à sua direita e outro à sua esquerda” (Mateus 27.38. Veja também Marcos 15.27,28).

13a. PROFECIA: O MESSIAS INTERCEDERIA PELOS SEUS ALGOZES
“...levou sobre si o pecado de muitos, e pelos transgressores intercedeu” (Isaías 53.12c).

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
Ele intercedeu na cruz por aqueles que o maltratavam, e no Céu continua a interceder por nós (Hebreus 9.24; 1 João 2.1). Ele pediu ao Pai que perdoasse seus algozes: “Contudo, Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem...” (Lucas 23.34a).

14a. PROFECIA: SEUS AMIGOS O CONTEMPLARIAM DE LONGE
“Os meus amigos e companheiros afastam-se da minha praga; e os meus parentes ficam de longe” (Salmo 38.11).

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
Enquanto os inimigos de Jesus o cercavam e lhe infligiam suplícios, seus amigos, temendo ser presos, passaram a acompanhar à distancia o desenrolar dos fatos: “Entretanto, todos os conhecidos de Jesus, e as mulheres que o tinham seguido desde a Galiléia, permaneceram a contemplar de longe estas coisas” (Lucas 23.49).

15a. PROFECIA: O POVO O REPROVARIA COM UM GESTO DE CABEÇA
“Tornei-me para eles objeto de opróbrio; quando me veem meneiam a cabeça” (Salmo 109.25)

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
Esse gesto é característico de quem desdenha ou acredita que, para um determinado caso ou pessoa, não há mais esperança: tudo está perdido. Era isto o que pensavam as pessoas que passavam diante de Jesus crucificado: “Os que iam passando, blasfemavam dele, meneando a cabeça...” (Mateus 27.39).

16a. PROFECIA: ELE ATRAIRIA A CURIOSIDADE PÚBLICA
É outra profecia contida neste grandioso salmo messiânico escrito por Davi: “Posso contar todos os meus ossos; eles me estão olhando e encarando em mim” (Salmo 22.17).

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
“O povo estava ali e a tudo observava...” (Lucas 23.35a.).

17a. SUAS VESTES SERIAM PARTIDAS E SORTEADAS
Pareceria uma contradição repartir as vestes de alguém, e ao mesmo tempo lançar sorte sobre elas, conforme está no grande salmo messiânico de Davi: “Repartem entre si as minhas vestes, e sobre a minha túnica deitam sorte” (Salmo 22.18). Mas veremos que isto ocorreu no caso de Jesus.

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
“Os soldados, pois, quando crucificaram a Jesus, tomaram-lhe as vestes e fizeram quatro partes, para cada soldado uma parte; e a túnica. A túnica, porém, era sem costura, toda tecida de alto a baixo. Disseram, pois, uns aos outros: Não a rasguemos, mas lancemos sorte sobre ela para ver a quem caberá...” (João 19.23,24a).

18a. PROFECIA: ELE SENTIRIA SEDE
No Salmo 69, versículo 21, o salmista escreveu: “...e na minha sede me deram a beber vinagre...” no Salmo 22, versículo 15, a situação de terrível sede é claríssima: “Secou-se o meu vigor, como um caco de barro, e a língua se me apega ao céu da boca...”

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
“...Jesus...disse: Tenho sede!” (João 19.28).

19a. PROFECIA: SER-LHE-IAM OFERECIDOS VINAGRE E FEL
“Por alimento me deram fel, e na minha sede me deram a beber vinagre” (Salmo 69.21).

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
“Estava ali um vaso cheio de vinagre. Embeberam de vinagre uma esponja e, fixando-a num caniço de hissopo, lhe chegaram à boca” (João 19.29). Em Mateus 27.34 vemos que além do vinagre (vinho) misturam fel.

20a. PROFECIA: ELE SE SENTIRIA ABANDONADO POR DEUS
É o primeiro versículo do salmo 22: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?...”

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
“Por volta da hora nona, clamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lema sabactâni, que quer dizer: Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?” (Mateus 27.46).

21a. PROFECIA: ELE ENTREGARIA SEU ESPÍRITO A DEUS
Esta é outra profecia de Davi: “Nas tuas mãos entrego meu espírito...” (Salmo 31.5a).

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
“Então Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou” (Lucas 23.46).

22a. PROFECIA: SEUS OSSOS NÃO SERIAM QUEBRADOS
“Preserva-lhe todos os ossos, nenhum deles sequer será quebrado” (Salmo 34.20). Cerca de 1000 anos antes do nascimento do Messias, Deus inspirara estas palavras a Davi.

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
“Os soldados foram e quebraram as pernas do primeiro e ao outro que com ele tinha sido crucificado; chegando-se porém, a Jesus, como vissem que já estava morto, não lhe quebraram as pernas” (João 19.32,33).

23a. PROFECIA: UMA LANÇA FERIRIA O SEU CORAÇÃO
Na edição Revista e Corrigida da Bíblia traduzida por João Ferreira de Almeida, assim está escrito na parte b do versículo 14 do Salmo 22: “...O meu coração é como cera, derreteu-se no meio das minhas entranhas”.

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
O coração do nosso Salvador Jesus Cristo foi atingido pela lança do soldado romano. Todos os médicos e estudiosos da Bíblia se apóiam no fato de Jesus ter sido atingido de lado, e do ferimento ter saído sangue e água: Sinal de rompimento das cavidades cardíacas: “Mas um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água” (João 19.34).

24a. PROFECIA: HAVERIA TREVAS SOBRE A TERRA
O profeta Amós viveu em uma época distante quase 800 anos da época em que Jesus Cristo seria crucificado. Mas ele profetizou um curioso acontecimento que ocorreu no dia da crucificação de Cristo: “Sucederá que naquele dia, diz o Senhor Deus, farei que o sol se ponha ao meio dia, e entenebrecerei a terra em dia claro” (Amós 8.9).

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
“Desde a hora sexta até a hora nona, houve trevas sobre a terra” (Mateus 27.45).
Do nascer do sol ao seu ocaso, os judeus contavam 12 horas. A hora sexta correspondia, portanto, ao meio dia, e a hora nona, às três da tarde.

25a. PROFECIA: SEU CORPO SERIA COLOCADO NA SEPULTURA DE UM HOMEM RICO
“Designaram-lhe a sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na sua morte...” (Is 53.9a).

CUMPRIMENTO EM JESUS CRISTO
“Caindo a tarde, veio um homem rico de Arimatéia, chamado José, que era também discípulo de Jesus. Este foi ter com Pilatos e lhe pediu o corpo de Jesus. Então Pilatos mandou que lho fosse entregue. E José, tomando o corpo envolveu-o num pano limpo de linho, e o depositou no seu túmulo novo, que fizera abrir na rocha; e, rolando uma grande pedra para a entrada do sepulcro, se retirou” (Mateus 27.57-60).
Eis as 25 principais profecias cujo cumprimento iniciou-se a partir da traição de Jesus por Judas, e se estendeu até o sepultamento do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo no túmulo emprestado por José de Arimatéia. Mas Jesus Cristo não ficou no túmulo. Ele ressuscitou, e inaugurou esta esperança para todos os que creem nele: Um dia nós, os que tivermos morrido com Ele, ressuscitaremos em um corpo glorioso, semelhante ao seu!
Jefferson Magno Costa
Fonte: http://jeffersonmagnocosta.blogspot.com

sexta-feira, 18 de junho de 2010

O Fim da Solidão

Recentemente ouvi uma assistente social dizer: “A solidão transformou-se num dos maiores problemas da nossa época. Temos de fazer algo para combatê-la”. Não imagino o que ela pretende realizar, mas sei que nenhuma iniciativa humana solucionará definitivamente a solidão.



Quando Deus criou o ser humano, Ele mesmo queria preencher o coração do homem. Se, entretanto, as pessoas decidem excluir Deus da sua vida, não é de admirar que se sintam solitárias, que seu coração esteja vazio ao invés de repleto da presença divina.

Você não precisa estar necessariamente sozinho para se sentir solitário. Todo coração humano necessita de um amigo – alguém em que possa confiar. Precisamos de alguém que realmente nos conheça e nos entenda, que nos envolva com cuidados, quaisquer que sejam nossos problemas. Onde, entretanto, podemos achar tal amigo? É impossível encontrar um ser humano que nunca nos decepcionará – somente Jesus é o Amigo perfeito!

Apenas Ele tem a resposta para seus problemas. Ele o conhece melhor do que você mesmo. Apesar de tudo, Jesus o ama e cuida de você, de uma forma como ninguém mais seria capaz. Aceite-O como Amigo, e você nunca mais se sentirá solitário. Aliás, como seria possível sentir-se sozinho, se seu melhor Amigo estará sempre com você?

Essas não são teorias, mas certezas baseadas na experiência. É maravilhoso estar sozinho quando você estiver só com Ele. Não é possível expressar esse sentimento em palavras. A companhia humana é algo muito pobre se a compararmos à comunhão com Jesus. Se você estiver consciente da Sua presença dia após dia e hora após hora, seu coração ficará repleto de paz e de alegria indescritíveis.

Você se sente solitário? Precisa de alguém que o ame e cuide de você? Aceite agora mesmo a Jesus como seu Salvador e Amigo! Entregue-se completamente a Ele e confie nEle como seu Redentor. Pense em como Ele sofreu em seu lugar na cruz e removeu de uma vez por todas os seus pecados “pelo sacrifício de si mesmo” (Hebreus 9.26).


Olhando agora para Jesus, confie nEle e no sacrifício perfeito que realizou por você lá na cruz. Então seus pecados serão perdoados, sua vida será salva, renovada e transformada pelo Espírito Santo que passará a habitar em você: “...o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1 João 1.7).


Aceite Jesus agora como seu Salvador, para que seja eternamente seu Amigo, seu Companheiro e seu Guia! Ele acabará com sua solidão. Ninguém precisa continuar solitário, pois é possível ter Jesus, o Filho de Deus, como seu melhor e mais próximo Amigo!



***
Fonte: Blog Missões Peru - (Fonte: folheto fim da Solidão)

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Vencer é Tudo?


Vencer é tudo... Todos querem vencer – Jogadores e Técnicos, Torcedores e Patrocinadores - Vencer é tudo. Certo? Mas e quando você já venceu tudo? O que mais tem para conquistar? 
Há um tipo diferente de Vencedor. Jesus disse:

“Quem se faz de importante será humilhado e; e quem se humilha será honrado”[Lucas 14:11]

“Muitos que agora são os primeiros serão os últimos, e muitos que agora são os últimos serão os primeiros”. [ Mateus 19:30]

“Quem quiser salvar a sua vida vai perdê-lá; mas quem perder a sua vida por minha causa vai salvá – la. Que vantagem terá alguém em ganhar o mundo inteiro, se ele mesmo se perder ou se for destruído?” [Lucas 9:24-25]

Vale a pena tentar porque Deus quer que você vença! “Se Deus está do nosso lado, quem nos vencerá?”. [Romanos 8:32] “Em tudo isso temos a vitória por meio de Cristo que nos amou”. [Romanos 8:37]

“Deus amou tanto o mundo que deu seu Filho único, para que todo aquele que crer nele não pareça, mas tenha a vida eterna.” [João 3 : 16]

Jesus disse: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente.” [João 10:10]

A Vitória sobre a Morte e o Inferno, proporcionada por Cristo, para todo aquele que nEle crer - eis a única vitória que não é vã. 

Fonte: Equipe IDE (adaptado) 
 

domingo, 30 de maio de 2010

DE ONDE VEM O SENTIMENTO DE VAZIO QUE SE ABATE SOBRE O SER HUMANO?



Jefferson Magno Costa


Há atualmente no mundo um mal aparentemente inexplicável, um fenômeno desconcertante que se tem manifestado agudamente desde o aparecimento das grandes cidades, em meio às superpopulações: a crise do vazio existencial. Nunca as pessoas estiveram tão próximas umas das outras. Nunca dispuseram de tantos meios de aproximação fraterna, de ajuntamento para o trabalho, para os eventos sociais, e para o lazer. Mas também nunca se sentiram tão solitárias e vazias.

            Por que essa doença espiritual tem-se apossado de milhões de pessoas, tolhendo-lhes os passos, deprimindo-as, invadindo-as com sentimentos de inutilidade e vazio interior? O apóstolo Paulo, na Segunda Carta aos Coríntios (7.10), fala de dois tipos de tristeza que se apossam do coração do ser humano: a tristeza segundo Deus, e a tristeza segundo o mundo. “Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação que a ninguém traz pesar; mas a tristeza do mundo produz a morte”.

A TRISTEZA SEGUNDO O MUNDO
       Esse sentimento de vazio que penetra as almas e anula quase todos os grandes motivos (ou incentivos) que impulsionam o ser humano à vida (clinicamente denominado de depressão), é produto do maior e mais antigo desastre existencial que já se abateu sobre a humanidade: o tropeço do primeiro homem no Éden, e a consequente perda de sua comunhão com Deus, seguidos do despertamento de sua consciência com relação ao pecado, e o inevitável e desastroso desvio de seu propósito e modo de vida.
       A crise existencial que a sociedade contemporânea enfrenta hoje é o ponto mais alto da escalada multimilenar do ser humano pelos caminhos vazios de Deus. É o somatório de todas as suas tentativas de encontrar a felicidade dentro ou fora de si – experiências que resultaram em fracasso e desilusão, restando-lhe tão-somente esse vazio do tamanho de Deus, segundo a conhecida frase do  escritor russo Dostoievski.
        Fora do Éden, longe do seu Criador e em linha reta para o desespero, o homem adquiriu para si o perigoso direito de cumprir o seu próprio destino, e caminha na constante busca de uma felicidade que em parte alguma encontrará, a não ser em Deus, pois, como magistralmente confessou Agostinho: “Criaste-nos para Vós, e o nosso coração vive inquieto enquanto não repousa em Vós”.
       Mas há pessoas que não pensam como Agostinho. Há pessoas que pensam como “o profeta da liberdade sem Deus”, Jean Paul Sartre, e afirmam que “o homem será aquilo que ele houver determinado ser”. E com isto a humanidade apresenta-se fatalmente dividida em dois grandes grupos: o dos que pensam como Agostinho, e o dos que pensam como Sartre.

O PROGRESSO TECNOLÓGICO COMO ORIGEM DA CRISE DO VAZIO
      Não resta dúvida que hoje as pessoas possuem mais motivos materiais para ser felizes do que as pessoas de outros séculos. A quantidade de possibilidades que se abrem diante da atual sociedade de consumo é ilimitada. Não é fácil imaginar um objeto que não esteja no mercado. Porém, mesmo possuindo melhores meios, mais conhecimento e mais recursos tecnológicos do que nunca em toda a sua história, a humanidade se entristece dia após dia.
         Longe de Deus, à procura de todas as formas tangíveis de felicidade, a humanidade dá sinais de estar cansada de sua peregrinação interminável e inútil. Os atentados, as falências no sistema financeiro mundial, os terremotos, a fome, o descontrole climático, a violência, a imoralidade, o egoísmo, as greves, o terrorismo, as reinvindicações de toda espécie – eis alguns dos frutos colhidos por quem atacou a natureza e revoltou-se contra Deus.
           À proporção que o conhecimento aumenta e multiplicam-se os poderosos recursos tecnológicos que resultam em mais riquezas e comodidades existenciais, recuam, lamentavelmente, para bem longe, as aspirações espirituais que têm levado o homem a se interessar por Deus e a tentar estabelecer um contato com ele. Grande parte da humanidade não tem qualquer interesse em assuntos espirituais. Eis as raízes da tristeza segundo o mundo.
           O ser humano dos dias atuais, imensamente rico, herdeiro de todas as conquistas que seus antepassados e seus contemporâneos realizaram, mas que não teve ainda um encontro de salvação com Jesus, que não sabe o que é entregar os seus caminhos ao Senhor, que ainda não aprendeu a confiar nele e caminhar com a convicção de que o mais ele fará (Sl 37.5), é semelhante ao rei da França, Luis XV (1710-1774), que tinha todos os talentos, menos o talento que o tornasse capaz de fazer uso desses talentos.  
        É o que o grande ensaísta espanhol Miguel de Unamuno chamava de “a busca de uma justificativa existencial, de uma finalidade de vida, de um motivo para estar neste mundo”.

NÁUFRAGOS E SEM DEUS
        Desviados do caminho que conduz ao Céu, perdidos no caudal desse bravio e caudaloso rio das paixões humanas, milhões de seres humanos posicionam-se diante da vida com o mesmo sentimento trágico de amargura que sufocou um Albert Camus, encontrando na existência a mesma fatalidade da condição humana a que se referiu André Maurois, e que encheu de pesadelos a vida do genial escritor judeu-theco Franz Kafka, e levou Sartre a divulgar a filosofia do nada existencial e a náusea de viver.
       Muitos se sentem, diante do mundo atual, como náufragos que não conseguem chegar à praia ou ao porto desejados. A velocidade do tempo em que as coisas acontecem hoje, a descomunal energia e o ímpeto vertiginoso com que na presente hora tudo é feito, desnorteiam e entristecem o indivíduo perdido nas pequenas e grandes cidades, que sente-se mais um rosto na multidão, uma individualidade dissolvida nesse turbilhão de vidas. José Ortega y Gassett declarou que a angústia do homem de hoje “mede o desnível entre a altura do seu pulso (humanamente lento) e a altura da época atual – célere, insensível, indomável”.
    Por isso muitas pessoas, sentindo-se perdidas, vendo que o progresso também dispersou as famílias (porque o companheirismo, o diálogo e a ternura que uniam os seus membros têm sido combatidos por inúmeras influências externas e internas), desiludidas, sofrendo o peso da perplexidade do momento atual, e com medo de após um dia de trabalho, serem obrigadas a voltar a passar a noite em companhia do tédio que as espreita e as persegue por toda parte, saem à procura de algo que preencha o seu vazio interior, e entregam-se à diversões que esgotam o pouco de energia moral que ainda lhes restava. Porém, fora de Deus não há felicidade ou solução para qualquer problema, seja ele de que natureza for.

A FRUSTRADA BUSCA DE FELICIDADE
      Sabendo-se habitantes de um mundo que lhes oferece inumeráveis recursos, mas sentido que nenhum desses recursos poderá preencher o vazio que tomou conta de suas almas, muitas pessoas, que ainda não conhecem Jesus como Salvador, como a única solução para todos os problemas da humanidade, desejam ardentemente encontrar uma razão para suas vidas, algo que as liberte das frustrações do mundo, e proporcione paz aos seus corações. Este é o mais antigo anseio do ser humano, e começou no Éden, a partir do momento em que ele perdeu a comunhão com Deus.
           Impulsionada por esse sentimento desde tempos imemoriais, a humanidade tem caminhado em busca da felicidade. A antiga civilização egípcia procurou-a no esplendor das dinastias faraônicas, na esperança de vida além-túmulo, e nos monumentos erguidos à morte. Os chineses procuraram-na nas sutilezas da filosofia e em um labirinto de meditações, esperando encontrá-la no Nirvana – que não é um lugar, e sim um estado de espírito, que leva à anulação da vontade e dos desejos, e à extinção da chama vital. Os gregos também procuraram a felicidade nas sutis reflexões filosóficas, na múltipla expressão da arte levada ao seu grau extremo, nas construções de monumentos de mármore, e no culto aos deuses do Olimpo. Os romanos procuram-na na força bélica, na grandeza de suas conquistas militares, e nos prazeres proporcionados pela carne.
      E igualmente as demais civilizações têm procurado a felicidade em fontes inumeráveis e diversas, porém não a têm encontrado, pois o amargor, a depressão e o vazio existencial que têm destruído milhões de vidas ao longo dos tempos provam que as grandiosas e inúmeras conquistas tecnológicas e materiais, os sistemas filosóficos e as falsas religiões são incapazes de tornar o ser humano feliz.
       Apesar de estudiosos dotados de uma visão enciclopédia dos problemas humanos terem previsto a decadência de tudo, como um Oswald Splenger na sua monumental obra O Declínio do Ocidente, e outros grandes estudiosos em outras visões panorâmicas e contemporâneas da situação em que se encontra a humanidade, nós acreditamos que Aquele que restaurou os caminhos tortuosos e antes intransitáveis que propunham reconduzir o homem a Deus; Aquele que  apresentou-se como o único caminho que nos conduz ao Pai; Aquele que mudou a opinião da humanidade a respeito do Criador, da salvação, da eternidade, da vida, da morte, do mundo, do lar, do homem e do sofrimento humano, esse, que não é outro senão Jesus Cristo, pode solucionar a crise do vazio existencial do ser humano, e inundar a alma e o coração da humanidade de felicidade e paz.

A TRISTEZA SEGUNDO DEUS
Porém, desiludido e profundamente infeliz, o ser humano entristece. Sua alma tem sede do seu Criador. Mas essa tristeza é providencial e redundará em salvação, “porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação que a ninguém traz pesar...” 2 Co 7.10. Porém, é necessário que os que apregoam as boas novas de salvação inundem de esperança esses corações sedentos de paz. Pois esse ardoroso ímpeto de libertação e altura inevitavelmente levará o ser humano que não conhece a Deus a interessar-se pelo sobrenatural, e a desejar a vida eterna. E caso nós não cheguemos antes com a mensagem evangélica de salvação, felicidade e vida eterna com Deus, o diabo se antecipará  e apresentará como alimento a essas almas sedentas e famintas, sua lama e seu lixo.
Os que anunciam Jesus, a Água da Vida; os que  oferecem às almas famintas o Pão Vivo que desceu do Céu; os que trabalham para purificar e dulcificar os corações pela aceitação do Evangelho de Cristo, somos aqueles a quem o profeta isaías se referiu  ao dizer: “Vós com alegria tirareis águas das fontes de salvação (Is 12.3), e como consequência “os resgatados do Senhor voltarão e virão a Sião com cânticos de júbilo; alegria eterna coroará as suas cabeças; gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido”, Is 35.40.
Nós, os que conhecemos a Cristo, temos a imensa responsabilidade de encorajar a todos com a nossa fé, o nosso otimismo e a nossa convicção de que alcançaremos a vida de eterna paz. Um grande pregador disse certa vez que evangelizar não e nada mais do que "um mendigo ensinando a outro mendigo onde encontrar pão." Devemos repetir para todas as pessoas o Sermão da Montanha, e fazer com que ressoe, no mais profundo de suas almas sedentas de paz, o sublime convite de Jesus: “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”, Mt 11.28.   

ONDE ESTÁ A TUA ESPERANÇA DE FELICIDADE?
      Devemos falar a todos sobre Aquele que veio nos dar vida, e vida com abundância. Nas regiões celestiais onde ele nos foi preparar lugar, não haverá terremotos, tsunamis, epidemias, atentados, secas ou inundações que destroem o trabalho de gerações, e semeiam a dor e a morte. Não haverá corrupção, nem escravização, nem violência, nem a exaustiva e desgastante luta pela sobrevivência, nem doenças, nem o flagelo das guerras.
      Mas enquanto não herdarmos para sempre o Céu, e estivermos aqui na terra, devemos repetir as palavras do salmista: “Então irei ao altar de Deus, de Deus que é a minha grande alegria” (Sl 43.4), e “tu me farás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra delícias perpetuamente”, Sl 16.11.
         Desde há muito tempo está aberto o caminho para o Céu. Ser feliz depende da justa conscientização de que a verdadeira felicidade foi conquistada a preço de sofrimento e sangue, e só há um que a pode nos dar: Jesus Cristo. Toda e qualquer tentativa ou busca de felicidade fora de Jesus resultará em fracasso.
      Os que jazem no vazio existencial devem considerar que, além da grande bênção da salvação e da maravilhosa experiência com Cristo, a vida oferece outros motivos de felicidade – desde que essa felicidade não se apoie nos enganosos subterrâneos dos vícios, dos prazeres carnais, ou em muitos outros pecados que o mundo oferece. Devemos agradecer a Deus simplesmente por estarmos vivos e podermos encher plenamente os nossos pulmões de ar, sob o sol que ilumina a todos a cada manhã. Um grande poeta (Fernando Pessoa) escreveu  certa vez:

Outras vezes ouço passar o vento,
e acho que só para ouvir passar o vento
vale a pena ter nascido.

OLHANDO A VIDA PELOS OLHOS DE CRISTO
       Cristo nos ensinou a não gemer ou desanimar sob o pesa das dificuldades e dos sofrimentos – mas pela fé e impulsionados por sua graça, enfrentá-los e vencê-los. Alguém pode argumentar que todos nós haveremos de morrer um dia. Sim. Com exceção dos que não provarão a morte por estarem vivos no grande Dia do Arrebatamento da Igreja, todos nós morreremos. “Mas para mim o viver é Cristo e o morrer é ganho” Fp 1.21. Após a nossa morte, o sol continuará a nascer todos os dias, em todo o seu esplendor. A vida prosseguirá, a renovar-se sempre, até que as dispensações de Deus para este mundo se completem. As crianças que brincam pelas manhãs e às tardes, a correrem, a empurrarem-se, a chamarem-se, ofegantes e incansáveis, radiantes de alegria, hão de crescer e amar, e conduzir a vida para um ponto mais adiante, conforme nós já o fizemos, até que seus filhos e netos as substituam nessa maravilhosa e sempre renovada dádiva de Deus aos homens – a vida. Devemos agradecer a Deus por ela. Estamos caminhado para a morte. Porém, a morte não será nada mais do que a infância da nossa eternidade com Cristo, o dia em que se inaugurará para nós nossa vida de plenitude ao lado do nosso Deus!
      A pessoa que nunca está contente com o que é, nem com o lugar onde está, não aprendeu ainda a olhar os lírios do campo, e a concluir com Jesus que, sob os cuidados que a providência divina faz descer do Céu sobre eles, “nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer um deles”, Mt 6.29.
     Muitas vezes nem é necessário alongarmos o nosso olhar para muito longe, a fim de reconhecermos os presentes que o Senhor nos dá todos os dias, quando abre diante de nós, de inúmeras maneiras, suas mãos generosas e cheias de tudo o que necessitamos. Mas o justo se alegrará, acima de tudo, na salvação que já recebeu do Senhor. “Portanto, não vos entristeçais, porque a alegria do Senhor é a vossa força”, Ne 8.10.

Jefferson Magno Costa- Blog Sublime Leitura
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